A ex-mulher do senador Fernando Collor (PTB-AL),
Rosane Collor, que esteve ao lado do parlamentar quando ele foi presidente da
República, disse que acha pouco a pensão de R$ 18 mil que recebe do ex-marido.
As informações são do programa Fantástico, da TV Globo.
"Pela vida que ele tem, sim (acho pouco). Eu
vejo amigas minhas que se separaram. Agora, há pouco tempo, eu tenho um caso de
uma amiga minha que se separou, o marido não é ex-presidente, não é senador da
República, e tem uma pensão de quase R$ 40 mil", disse.
Segundo Rosane, a dívida de Collor é de R$ 950 mil.
Ela briga na Justiça para ter acesso à parte dos bens que o ex-marido acumulou
na vida pública. Os dois eram casados em regime de separação de bens. "É
aquilo que eu digo: o Fernando foi o grande amor da minha vida, mas também foi
minha grande decepção".
Magia Negra
A ex-primeira-dama afirmou também que o atual senador encomendava rituais de magia negra que eram feitos dentro Casa da Dinda, mansão da família Collor em Brasília. "O Fernando fez ritual de ficar isolado, na Casa da Dinda tem um porão e ele ficou durante três dias isolado, como se fosse se consagrando", disse Rosane, sobre um ritual que o ex-presidente teria feito para se proteger de inimigos políticos.
Rosane afirmou que Collor tinha a ajuda de uma
pastora da Igreja Resgatando Vidas para Deus chamada Maria Cecília, que, antes
de se converter, se dedicaria à magia negra. "Ele acreditava que pessoas
que desejavam mal pra ele, e fazendo isso, o mal que as pessoas mandavam pra
ele, voltava".
A ex-primeira-dama disse que Collor fazia os
rituais antes mesmo do casamento. "Quando eu conheci o Fernando, ele já
frequentava esses ambientes. Enquanto a gente esteve casado, ele praticava.
(...) Algumas coisas eu participei, mas a grande maioria eu não aceitava
participar", disse ela.
Rosane também detalhou os rituais realizados pelo
ex-presidente. "Trabalhos em cemitérios, trabalhos muito fortes. Com
animais era matança mesmo. Galinha, boi, vaca, animais que são
sacrificados".
Ameaças
A ex-mulher de Collor afirmou ainda que foi ameaçada pelo ex-marido ao ir em um culto no qual a pastora Maria Cecília revelaria os trabalhos encomendados por Collor. "Eu recebi um telefonema dizendo que eu não fosse a esse evento porque, se eu fosse, eu iria, mas eu não voltaria". Rosane disse que, no encontro, a pastora lançou um CD no qual relatou trabalhos que teria feito para Collor chegar à presidência.
"Eu me considero um arquivo vivo. E eu digo em
todas as entrevistas, e inclusive já disse na Justiça, que se algo acontecer na
minha vida, o responsável maior será Fernando Collor de Mello", afirmou
Rosane.
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